NOTAS
Esta ruína do que parece ter sido uma antiga fábrica é um dos exemplos mais fascinantes da transformação da sociedade através dos tempos. A sua localização é fundamental para percebermos que se trata de um ícone da putrefacção de valores em que o humano caiu. Deste aglomerado de paredes mais ou menos tombadas tem-se uma visão 360º do mundo, por um lado a Serra da Sintra com o seu romantismo e os seus ícones palacianos, como é caso do Palácio da Pena, por outro a ruralidade adivinhada pelo vasto verde a norte de que fulcral vestígio é a ruína de um moinho que está lado a lado com a modernidade do depósito de água da Cavaleira que abastece por seu turno as novas urbanizações de Mem Martins e Algueirão. Da ruína desta fábrica que designámos por «Entre Culturas» é ainda possível avistar a linha férrea que liga Sintra e Lisboa com seus rapidíssimos comboios eléctricos. Mas, de facto, o mais fascinante disto tudo é a antiga fábrica ter sido quase que deixada como museu de uma antiguidade recente pelo cuidadoso recortar da nova auto-estrada e seus circulares acessos que fecham esta maravilhosa cena em que o silêncio é sentido demasiado dentro e demasiado alto, silêncio de um passado perdido para sempre.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Criação do Museu «Entre Culturas».
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ALERT:
Visit Sintra (is it a world heritage site?) Sintra is suffering from lack of effective legislation for the protection, conservation and rehabilitation of built heritage. Visit and see with your own eyes.
5 comentários:
Não sei se este espaço alguma vez foi uma fábrica... Mas lembro-me de, quando era miúda, ver por ali muitas vacas a pastar e ter ficado com a sensação de que teria sido uma vacaria ou algo do género.
Boa tarde
Alguem me pode indicar o contacto do propriatario destas roinas ou e completamente abandonada?
Com os melhores cumprimentos
As informações de que disponho são que estas estruturas pertenciam a uma exploração agro-pecuária com matadouro.
É bem provável que tenha sido, pelo menos as ruínas assemelham-se a tal infrastrutura.
O local chama-se Casal de Vale do Milho e remonta ao séc XVI, aliás o topónimo ainda perdura naquela zona.
A exploração agropecuária, bem mais recente, manteve-se activa até meados dos anos 70/80 do séc XX
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